sábado, janeiro 17, 2015

Non, nous ne sommes pas tous "Charlie"

Pois!
Desculpem o título em francês, mas na realidade nem todos somos "Charlie", eu sou pela expressão livre da palavra, mesmo que isso deixe muita gente furiosa.
Eu diria mesmo desidratada das ideias.
Mas voltemos á vaca fria.
Tal como diz o jornal digital L´OBS Le Plus ""Charlie Hebdo" : non, nous ne sommes pas tous Charlie. Cette France rêvée n'existe pas" em que não se revêem, e diria preocupantemente, porque demonstra uma grande divisão onde a xenofobia para com os imigrantes, e não só sobre os muçulmanos, vem crescendo com as sondagens a privilegiarem a extrema direita de Marine Le Pen a ganhar votos em todas as frentes.
Mas o problema da xenofobia não é só um problema da França, a Alemanha à muito que por lá andam os neo-nazis de mão dada com a extrema direita xenófoba a martirizar os imigrantes que pelo sim pelo não fazem o trabalho que a maioria dos alemães não quer.
A hipocrisia demonstrada pelos políticos que acorreram ao chamamento de Holland, salvo raríssimas excessóes, foram á manifestação de Paris com o rabinho muito apertadinho, que até só conseguiram caminhar 200 metros, que fizeram os Ocidentais nas últimas décadas? 
Pois, além de nunca terem tido a capacidade politica de criar riqueza para poderem acolher os muitos imigrantes de África e do Médio Oriente, assim como, de integrarem convenientemente os muitos filhos de imigrantes nascidos na Europa, europeus de 2ª e 3ª geração, ainda os têm ostracisado.
O que fizeram para integrar e respeitar os muitos crentes da relegião Islâmica?
Nada.
A esses, têm demonstrado a maior demonstração de desprezo ao atacarem os seus países de origem, novamente em buscas das suas riquezas.
Saddam, Kadafi, Boumediene, e outros tais, que embora não sendo flores que eu quisesse cheirar, enquanto serviram os governos ocidentais e os EUA, eram como parentes pobres, mas eram da mesma família.
Podemos dizer que quem deu cabo disto tudo não foi os Buchs, mas sim Sadam, e porque digo isto? ele deu o sinal de que queria ser também um parente rico como os ocidentais e revoltou-se contra os seus parentes exploradores, como ele, dos povos pobres de África e do Méwdio Oriente. e lá vai bomba que o Saddam tinha umas fabricazinhas em camiões que se deslocavam pelo deserto a fabricar bombas, é mesmo para rirmos, mas muito alto.
Mas, o Saddam, e os outros foram-se e os seus povos continuam pobres, e com a agravante de que agora descobriram que guerreando entre eles a vida corre melhor, pelo menos muitos vão á procura das 70 virgens que vivem no paraíso com o profeta Maomé.
E, depois decidiram que não era bonito a Síria continuar a ser um estados territorialmente intacto, e toca a fomentar a divisão.
Mas, como no Afeganistão os ocidentais criaram monstros, lá foram os talibãs e Bin Laden, um rico membro da nobreza da Arábia Saudita, mas que misturas. Claro que a "Caixa de Pandora" foi aberta nessa altura quando os americanos criaram estes vermes para combaterem os Soviéticos em 1979, onde durante 9 anos a guerra grassou, mas ela havia de se prolongar por muitos mais anos.
Com a caixa aberta e sempre a colocar lá dentro com mais ódio entre ocidentais e países muçulmanos, não foi admiração nenhuma que aparecesse no antigo Iraque a parte da Síria o Estado Islâmico, que não tem nada a ver com o legado religioso do profeta Maomé.
O problema é que muitos dos ocidentais se expões, expõem os outros quando decidem não compreender que os povos muçulmanos, que na antiguidade foram mais cultos que os ocidentais, se encontram a atravessar a sua Inquisição, onde a tolerância, que demonstraram nos primórdios da antiguidade, é nula e tudo o que ofenda o profeta Maomé e a sua religião, a obscuridade dos povos muçulmanos da actualidade deve-se ás ditaduras e á intolerância dos povos colonizadores, que por estranho que pareça são os Ingleses, Espanhóis e os Franceses, os mesmos sobre quem recaem as malfeitorias pelos radicais islâmicos.
É só vermos e lermos as notícias sobre as manifestações ocorridas ontem e hoje, e vai continuar, nos países muçulmanos, 

"Milhares de muçulmanos protestam contra nova caricatura de Maomé"

Se fosse crente diria-vos que " Deus é Grande", isto serve tanto para os Católicos como para os Muçulmanos. mas, como Ateu desejo-vos uma boa note.
Fiquem bem. 
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domingo, janeiro 11, 2015

Je suis Charlie

Boa tarde!
Não podia deixar de escrever sobre o que se passou nos últimos dias.
E porque o faço?
Não porque seja um assíduo leitor de jornais de cartoon, mas porque sou pela liberdade de expressão e, embora pense que por vezes se estica demais a corda, não encontrei nos ditos cartoons nada que fosse demais para esta violência extremista.
Possivelmente estão a pensar que me estou a por a geito, mas não, não tenho medo de expor as minhas ideias e opiniões.
Sim, hoje vimos convergir para Paris altas individualidades que se solidarizaram com o jornalistas e povo anónimo morto por fanáticos que muitas vezes nunca leram o Corão, e, em nome do Profeta Maomé matam tudo o que lhes parece ser blasfémia.
Mas, gostaria de ter visto estes mesmos políticos e governantes falarem nas bombas que matam crianças em escolas do Paquistão, ou da menina bombista na Nigéria, ou em criar incentivos financeiros para se acabar com a miséria criada pelos muitos ditadores sustentados pelos países ocidentais.
Lembremo-nos de Kadafi, Boumediene, Mobutu, Sadam, entre outros, e que quando deixaram de ser úteis foram apiados do trono, e com isso abriram a caixa de pandora com que vivemos na atualidade.
Mas vamos mais longe, quem criou Osama Bin Laden? o qual criou a Al Qaeda ("A Base"), pois! quando os americanos quiseram derrubar o governo comunista do Afeganistão criaram as "bestas" que hoje são combatidas pelos países ocidentais no Afeganistão, e que nunca conseguiram derrotar os  Talibãs, grupo ironicamente financiado pelos Estados Unidos e Arábia Saudita, aliados desde sempre de Bin Laden.
Quando a chamada "primavera árabe" atingiu a Síria, em tempos aliado dos Americanos no Médio Oriente a diplomacia americana logo vislumbrou um novo meio de derrubar mais um ditador, mas será que era mesmo um ditador? pensemos que sim.
Mas voltemos ao que nos trás aqui hoje.
Será que somos mesmo todos Charlies? Penso que não.
Muitos dos políticos que hoje por Paris percorreram 200 metros o fizeram por medo, não medo de serem executados por um pretenso Xeique do pretenso radical Estado Islâmico (ISIS), mas pelos eleitores que ao longo dos tempos, diria mais, nos últimos anos foram massacrados com as duras politicas de austeridade neoliberais.
Por outro lado os milhões de Povo das mais diferentes raças e religiões que hoje se manifestaram pelas ruas de Paris demonstraram que o seu medo é o de demonstrarem a resistência aos movimentos fanáticos que poluluam pelo mundo, mas meus amigos, não são só os islamitas que provocam o caus pelo mundo, os ortodoxos cristãos, judeus, e outros tipos de terroristas provocam o mesmo caus e medo.
E meus amigos só com a integração das minorias, sem medo, integração essa que só poderá ter bons resultados quando a criação de riqueza for de tal forma em que não exista a escravidão dos trabalhadores em proveito dos muitos ricos que continuam a brotar como cogumelos venenosos pelo mundo.
Quando a miséria do mundo for erradicada, claro que este pensamento não passa de um estado de útopia.
Acabo como comecei.
Fiquem bem