quinta-feira, setembro 26, 2013

As eleições para a CM em Sintra ....

Terminou as visitas dos candidatos dos Basílio Horta do PS, Pedro Ventura da CDU, Marco Almeida independente e Pedro Pinto do PSD/CDS, aqui houve de tudo, desde a simplicidade da visita de estudo aos SMAS de Sintra de Basílio Horta, á afabilidade de Pedro Ventura até á forma arrogante como Marco Almeida e Pedro Pinto se comportaram para quem os questionou sobre causa importante como a privatização da água.

No dia 16 do corrente Basílio Horta veio aos SMAS de Sintra apresentar a sua candidatura onde mais parecia uma visita de estudo, mas respondeu educadamente á minha eterna questão neste período de campanha eleitoral "que pensa da privatização das águas em Portugal".

Mas percebeu-se que sobre os SMAS tinha pouco trabalho de casa feito, como podemos ter um presidente de CMS que desconhece o conteúdo funcional dos diferentes órgãos autárquicos, e que em resposta á questão em causa, que veio a ser igual para todos, se limitou a responder que era contra qualquer privatização das água em Portugal, de deixar bem claro que ficou incomodado com a pergunta, já que me abordou á saída sobre o mesmo assunto em jeito de tranquilizante, e quando lhe referenciei que este governo neoliberal de Passos Coelho pretendia retirar o estado de todas as empresas públicas se demarcou mesmo do actual CDS/PP, é uma verdade que este partido á muito que deixou de ser cristão democrático, reafirmando a sua saída por tal motivo.

Mas não disse nada que pudesse tranquilizar os trabalhadores dos SMAS quanto a um futuro de privatização, e não esqueçamos que Edite Estrela e João Soares quando estiveram na CMS eram a favor de uma possível privatização.

No dia 24, surgiu por lá o independente Marco Almeida, que começou por dizer umas palavras de circunstância uns aperto de mão, procurando ser caloroso nesse acto, pois sabe que os trabalhadores dos SMAS ainda não esqueceram a sua actuação na tentativa da mega fusão dos SMAS com as empresas municipais deficitárias, Educa, HPEM, SintraQuorun e EMES, mas quando questionado por mim sobre a sua visão sobre a privatização da água em Portugal, negou-se a responder, referindo-se somente á sua recusa em aceitar a privatização dos SMAS de Sintra, mas que mudança que se opera quando em militantes que se tornam independentes quando o partido os considera inaptos para o representar como futuro candidato á CMS, começou por referir que os trabalhadores tinham tido a obrigação de inteirarem sobre o que se estava a cozinhar nas suas costas, que o tinham andado a difamar, que não tinha nada a ver com a fusão, que tinha destituído o Conselho de Administração se fosse presidente do CMS, como se o presidente do CA dos SMAS era o presidente da CMS, que não iria aceitar "ilhas" se fosse eleito, uma carrada de confusões e o desconhecimento da realidade, ou seja desculpas, mais uma vez demonstrou a sua arrogância para com os trabalhadores dos SMAS, embora tenha tentado disfarçar a irritação pelo forma como foi questionado.

Não posso deixar passar em cloro propostas demagógicas como a que na tarde de 24 deixou no ar que Marco Almeida deixou na visita a Mira Sintra, ou seja a de retirar dos cofres dos SMAS de Sintra uma verba de 2,8 milhões de euros para programa de emergência social, mas só se for com mais uma tarifa a pagar pelos consumidores, tarifas sociais já os SMAS aplica aos seus consumidores, mais uma vez este candidato prova desconhecer a orgânica interna dos SMAS.

Dia 25, apareceu por lá outro candidato arrogante e que fiquei com a ideia de que não sabia bem o que por lá andava a fazer, dificuldades em dialogar com os trabalhadores, considera que ele é o único com direito a prosa, voltei a por a mesma questão sobre a privatização de um recurso único no mundo e que considero propriedade dos povos e não irracionável como negócio muito rentável em desfavorecimento desse mesmo povo, a água é um recurso de todos e não de alguns.

Pois bem! O nosso "homem" quando questionado mostrou uma irritação, talvez como a questão foi posta, começando por dizer que não estava ali para fazer comício, então estava ali para quê? se não era visita de estudo, nem para se justificar, era para quê? .. bem! também fui bastante incisivo e porque não provocador, o nosso neoliberal apoiante de Passos Coelho não se fez rogado e com arrogância e irritação desdisse tudo aquilo que o "nosso primeiro" tem andado a dizer aos portugueses nestes últimos três anos, que querias privatizar tudo e porque não todos, incluindo os portugueses, pois, ao baixar-lhes os salários e ao levá-los á miséria está a proporcionar aos empregadores terem á mão de obra barata e de qualquer forma e feitio.

Deixei para último o único candidato onde encontrei uma filosofia humanista de protecção e desenvolvimento do concelho de Sintra, Pedro Ventura, esteve com os trabalhadores dos SMAS e das outras empresas municipais que Seara e Marco Almeida, e restante staff  queriam fundir numa mega empresa para quem sabe poderem resolver o défice dessas outras que se encontram em dificuldade financeira, e assim tornar apetitoso uma possível privatização das águas e saneamento, assim como a recolha de lixos, resolvendo de uma assentada o próprio problema da empresa inter-municipal Tratolixo.
É sabido que a CDU tem para com o poder local uma filosofia ideológica de proximidade com as populações na protecção dos seus direitos constitucionais, onde a não privatização das águas e lixo é um dado adquirido.
E votar na CDU é votar no desenvolvimento, na protecção dos interesses das populações e nos direitos dos mesmos.
Eu voto CDU.

quarta-feira, setembro 18, 2013

A lixeira em que se tornou a Tratolixo - Tratamento de Resíduos Sólidos

Durante o debate na RDP moderado por Maria Flor Pedroso com os candidatos á câmara de Sintra foi trazido á discussão a situação financeira da Tratolixo - Tratamento de Resíduos Sólidos empresa intermunicipal de tratamento de lixos, criada em parceria pelos municípios de Sintra, Cascais, Mafra e Oeiras, que como sabemos têm tido ao longos dos anos presidências do PS e do PSD/CDS-PP.





O debate pode ser ouvido na sua totalidade em RDP noticias.


Tudo leva a crer, e tal como afirmou em Janeiro do corrente ano o vereador da CDU Pedro Ventura, cabeça de lista á câmara de Sintra pela CDU, a gestão da Tratolixo têm sido "danosa" o que deu origem a uma dívida na altura no valor de 175 milhões de euros.






É mais uma daquelas empresas que o estado ou os municípios criaram e que geridas pelos amigos dos amigos, leia-se como amigos militantes da área do PS e do PSD/CDS, foram ou estão na iminência de entrarem em insolvência  como é o caso da Tratolixo, que a pediu em Janeiro do corrente ano.



Mas não foi á tão pouco tempo que os problemas da Tratolixo começaram, o Tribunal de Contas foi chamado a fazer uma auditoria ás contas tendo como referencia o ano económico de 2000, e que estava ainda na câmara de Sintra, nada mais nada menos Edite Estrela, que só saiu em 2001.

As teorias neoliberais de deixar que os mercados se auto-regulem não é só dos neoliberais, é também dos socialistas que inventaram a "Terceira Via", onde a fiscalização exercida pelas tutelas é deixada de lado e os gestores fazem o que muito bem entendem.



 As más noticias fluem como cogumelos venenosos, ainda este mês se veio a saber que dinheiro para fins de desenvolvimento tecnológico da empresa foi utilizado para outros fins, embora meritórios, mas sem dúvida que haveria outros métodos para resolver esse acto meritório.






A questão que se põe aqui, é quem vai pagar a mais que provável insolvência desta empresa intermunicipal, como as dívidas vão cair sobre as câmaras de Oeiras, Sintra, Mafra e Cascais vão ser os munícipes destas mesmas através dos impostos e não só. Assim, podemos atribuir á inercia e falta de fiscalização dos accionistas, versos câmaras promotoras deste empreendimento, uma grande quota-parte deste problema que têm de ser penalizado nas próximas eleições com um voto negativo no PS e no PSD/CDS, assim, como em muitos independentes, como Marco Almeida, que durante anos estiveram coniventes com esta situação e decidiram agora fazer de cordeiros e porem-se de fora, concorrendo como independentes como se nada tivesse acontecido,



Fiquem bem.