segunda-feira, maio 30, 2011

Duas em cada cinco crianças vivem em situação de pobreza

Hoje foi noticiado na comunicação social que 2 e cada 5 crianças até aos 17 anos vivem a níveis de pobreza incomportáveis, foi baseado em dado que medeiam de 2004 a 2009, mas todos os dias vemos o Carnaval da propaganda partidária, nomeadamente PS, PSD e CDS, já que á esquerda do PS sempre se vão ouvindo vozes de contestação.
Vou transcrever na integra a notícia do Público.
"30.05.2011 - 11:00 Por Andreia Sanches
Não são apenas as crianças que vivem com rendimentos abaixo do limiar de pobreza que são pobres. São também aquelas cujo bem-estar é afectado por condições de vida "deficientes" - e que, por isso mesmo, se considera que estão "em privação". É com base nesta abordagem que uma equipa de investigadores do Instituto Superior de Economia e Gestão, da Universidade Técnica de Lisboa, conclui que cerca de 40 por cento das crianças portuguesas vivem em "situação de pobreza".
Cortes nos apoios sociais são ameaça para o futuro de muitas crianças (Adriano Miranda)
Um estudo encomendado pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, a que o PÚBLICO teve acesso - e que será apresentado depois de manhã, Dia Mundial da Criança, no ISEG -, mostra que as crianças até aos 17 anos são o grupo mais vulnerável à pobreza, tendo ultrapassado o dos idosos.
Diferentes dados estatísticos, relativos ao período que vai de 2004 a 2009, são explorados. Amélia Bastos, Carla Machado e José Passos não se limitaram a contabilizar quantas pessoas se encontram em pobreza monetária - algo que é periodicamente calculado pelo Eurostat, o departamento de estatística da União Europeia. Até porque este é um indicador que consideram ter "fragilidades" já que, dizem, "a pobreza não se confina nem se esgota na escassez de recursos monetários".
Analisaram também as condições de vida - através do Inquérito às Condições de Vida e Rendimentos, feito anualmente, e do Inquérito às Despesas das Famílias, levado a cabo de cinco em cinco anos, ambos pelo Instituto Nacional de Estatística. Os dados mostram, por exemplo, que não há nenhuma criança que por razões económicas esteja privada de televisão. Mas que 23 por cento vivem em alojamentos sobrelotados e que cinco por cento estão inseridas num agregado que não faz uma refeição de carne ou peixe (ou equivalente vegetariano) pelo menos de dois em dois dias. E não faz porque não tem dinheiro.
Vai piorar?
Mas vamos por partes: uma em cada quatro crianças (23 por cento) estava, em 2009, inserida em famílias com rendimentos abaixo do limiar de pobreza; 27 por cento viviam uma situação de privação, tendo em conta 12 indicadores (ver entrevista). E mais de uma em cada dez (11,2 por cento) acumulava a forma mais gravosa de pobreza - estava em privação e, ao mesmo tempo, os seus agregados dispunham de rendimentos abaixo do limiar de pobreza.
Olhando para trás a evolução está longe de ser brilhante: em 2004, havia quase tantas crianças em situação de pobreza grave como em 2009 (a percentagem era de 11,9 por cento); e o número de miúdos que atingido por algum tipo de pobreza (monetária, privação ou ambas) era apenas 1,2 pontos percentuais inferior.
E o futuro? "O momento presente deixa-nos algumas interrogações adicionais. Os recentes cortes nos apoios sociais não permitem antever um futuro promissor para estas crianças...", são as últimas palavras deixadas num estudo que alerta ainda para o facto da pobreza infantil ter "uma gravidade acrescida relativamente aos restantes estratos da população", uma vez que as suas consequências se fazem sentir "no curto e no médio e longo prazos" do país. No curto, "por via das privações diárias a que as crianças pobres estão sujeitas", no médio e longo prazo "através do grau de escolaridade/qualificação profissional, da inserção no mercado de trabalho, da capacidade de participação e intervenção social" que terão.
Para já, revela-se, e olhando exclusivamente para a pobreza monetária, apenas uma em cada três não esteve em situação de pobreza pelo menos um ano, no período de 2005 a 2007.
Os mais penalizados
Há grupos de crianças para quem os últimos anos foram particularmente pesados. Por exemplo: em 2004, 39,7 por cento das que estavam inseridas em agregados onde ninguém trabalhava encontravam-se simultaneamente em privação e pobreza monetária; em 2009 a percentagem subiu para 45,3 por cento.
O facto de haver emprego na família não é, contudo, garantia de bem-estar. "Cerca de 35 por cento das crianças incluídas em famílias onde pelo menos um elemento está a trabalhar estão ora em pobreza monetária ora em privação." Os baixos salários explicarão. Tal como a precariedade, diz Amélia Bastos, coordenadora do estudo.
As crianças em famílias de maior dimensão (dois adultos e três ou mais crianças) também foram particularmente penalizadas: 29,5 por cento acumulavam em 2009 pobreza e privação. "Ter crianças significa ter mais custos e se o rendimento é baixo ter crianças diminui a capacidade financeira e o nível de bem-estar do agregado familiar", diz Amélia Bastos. Mais vulneráveis estão também as crianças mais velhas (16-17 anos) e as mais novas (até cinco anos). O que "pode antecipar alguma deterioração na situação de pobreza global no curto prazo".
Os autores assumem que a escassez de estatísticas sobre a infância é "uma forte limitação à análise efectuada". Até porque a generalidade dos dados que existem não são recolhidos especificamente para as crianças - a unidade de observação é o agregado familiar. Amélia Bastos admite que se mais dados específicos existissem para avaliar a pobreza infantil, as conclusões até podiam ser diferentes. "Mas menos gravosas duvido que fossem.""
Meditem no que leram e decidam em consciência se não é chegada altura de dar a oportunidade a outros para nos governarem sem andarmos sempre á volta dos políticos que desde Cavaco Silva, o homem que criou o "monstro" (leia-se défice) até aos que hoje pedem de novo ou para não saírem de lá ou para voltarem para lá.
Fiquem bem

domingo, maio 29, 2011

Grécia: o país em stand-by que está a abalar a Europa

A Europa devido á ganância dos países do centro e norte caminha para o seu fim, por mim tudo bém, não me foi questionado se queria ou não aderir. Foi feito algum referendo? não .....
"Os passos de um futuro muito incerto
Grécia: o país em stand-by que está a abalar a Europa
29.05.2011 - 13:00 Por Raquel Almeida Correia
Sem consenso político, sem dinheiro, sem apoio do povo. Atenas vive nova semana decisiva, também sem solução no horizonte.

Protestos têm marcado o dia-a-dia nas imediações do Parlamento
(Foto: Miguel Madeira)
Enquanto o Governo grego procura um entendimento com a oposição e os credores pressionam o país a apresentar provas de credibilidade económica, os protestos vão-se intensificando nas ruas de Atenas, com o Parlamento como pano de fundo. Depois de uma semana intensa, os próximos dias vão ser decisivos para o futuro da Grécia e, muito provavelmente, de Portugal. A crise já se infiltrou no dia-a-dia, sem que haja uma solução no horizonte.
A praça Syntagma, uma das maiores da capital e onde um dia se lutou pela Constituição, é hoje o epicentro do enigma com que o país se debate. No topo, o Parlamento grego, onde se votará em breve o plano de austeridade extraordinário exigido pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que ameaçam suspender as tranches do empréstimo de 110 mil milhões acordado há um ano.
Mesmo em frente ao edifício, um grupo de porta-vozes improvisados de uma população descontente e empobrecida mantém-se, 24 em 24 horas, a pedir assinaturas para uma petição que devolva ao povo o poder sobre o destino da Grécia. A comunicação social tem na praça um poiso fixo, mais notório quando a polícia, que se forma em verdadeiros pelotões sem margem para cortesias, começa a cortar as estradas. É sinal de que se aproxima uma manifestação.
Os protestos na capital começaram a intensificar-se no final desta semana, em reacção ao novo pacote de austeridade que o Governo liderado por George Papandreou teve de apresentar para garantir que a UE e o FMI não cortam o financiamento. As principais medidas, com impacto directo sobre a população, passam por um aumento do IVA e impostos sobre as pensões, por exemplo, havendo ainda um alargamento do programa de privatizações, que tem vindo a derrapar.
Um país de impasses
Estas reformas estão, no entanto, dependentes de um consenso alargado, que o executivo não conseguiu assegurar, apesar da intensa negociação com as restantes forças políticas. O PASOK, que formou Governo em 2009 e tem maioria, só conseguiu o apoio de dois partidos e o grande rival (Nova Democracia) está decidido a chumbar o plano, apesar da ameaça de a Grécia entrar na bancarrota a partir de 26 de Junho, se a quinta tranche de 12 mil milhões de euros não chegar.
Para Yannis Stournaras, reputado economista grego, este impasse vai ser resolvido única e exclusivamente por Papandreou, que já disse, aliás, estar disposto a avançar com as medidas sozinho. "O Governo tem praticamente mais três anos de mandato e, por isso, quer e deve implementar as medidas. A UE e o FMI não podem colocar este tipo de pré-requisitos", disse, numa entrevista em Atenas (ver página seguinte).
As autoridades externas não estão, porém, muito inclinadas a recuar na exigência, o que está a colocar Atenas sob pressão. Nas ruas, há quem já nem veja a Grécia como um país. "Parece mais que somos uma empresa deficitária que foi vendida aos credores por um cêntimo, assumindo a dívida", lamentou um grego, preocupado com o que esta crise vai significar para as próximas gerações.
Se o país não se entender, dentro e fora de portas, haverá ainda mais motivos para essa preocupação. O ex-ministro das Finanças durante o Governo PASOK, no início da década, diz que os futuros filhos da Grécia vão passar por muito "sofrimento" caso se coloque o pior cenário: a saída da zona euro. "Seria provavelmente pior do que um suicídio masoquista. A dívida grega cresceria 50 por cento num único dia", afirmou Nicos Christodoulakis ao PÚBLICO.
"Acredito firmemente que uma extensão voluntária [da dívida] é o caminho. Permitiria respirar por dois ou três anos, recuperando o crescimento e tornando o pagamento futuro novamente sustentável", acrescentou. Com o impasse que se gerou em redor do futuro do país, o dia-a-dia passou a ser gerido em regime de sobrevivência, sem fazer contas ao tempo que levará a Grécia a reerguer-se. As empresas portuguesas que operam no mercado grego também se viram obrigadas a entrar neste ritmo.
A Sonae Sierra, por exemplo, teve de "rever os prazos de investimento em novos projectos", quando tinha planeado inaugurar dois novos centros comerciais, explicou o director-geral Tiago Eiró. Já o Millennium Bank, liderado por Rui Coimbra, tem vindo a aumentar os spreads médios porque "é preferível não conceder crédito a lidar com incumprimento", cuja "taxa é superior a dez por cento". Desde que a crise estalou, a operação do BCP no país teve de ser reduzida, o que resultou no encerramento de cerca de 28 balcões e na dispensa de 100 trabalhadores."

segunda-feira, maio 23, 2011

"As sociedades são muito mais importantes do que a dívida" de Thor Saari

A revista Visão n.º 950 (19 a 25 Maio) publicou uma entrevista ao economista islândes Thor Saari, em que ele se debruça sobre a forma como as ajudas monetárias do FMI influenciam negativamente os países auxiliados, tendo como exemplo o estudo efectuado sobre o seu próprio país a Islândia.

domingo, maio 01, 2011

Manifesto para um mundo melhor

01.05.2011 - 09:07
Como cientistas sociais que partilham valores de democraticidade e de justiça social, temos estado atentos a esta crise económica internacional multifacetada e com consequências profundamente negativas no que diz respeito ao Progresso da Humanidade.
A democracia tem que conter a crítica de si própria (Nuno Ferreira Santos)
Vive-se, na Europa e nos Estados Unidos da América, um tempo de crise económica e social profunda, onde o impacto dos mercados financeiros internacionais e da especulação nas economias nacionais se apresenta como fortemente comprometedor não apenas da retoma económica, mas também, não só da estabilidade democrática, como do aprofundamento da democracia e, consequentemente, do bem-estar social.

Às elevadas taxas de desemprego, à precariedade e volatilidade do mercado de trabalho, resultado de políticas neoliberais protectoras e favorecedoras dos interesses do grande capital, os políticos têm vindo a responder com medidas de combate à crise profundamente fragilizadoras das classes de menor estatuto social e económico, mas sem impacto na resolução dessa mesma crise, servindo apenas para “acalmar” o apetite dos mercados financeiros internacionais através do pagamento de elevados e injustificados juros cobrados às frágeis economias nacionais. Estas medidas são apresentadas às opiniões públicas como as únicas verdadeiramente eficazes para minorar os efeitos da voracidade dos mercados financeiros internacionais desregulados, omitindo o papel daqueles na emergência e aprofundamento da crise. Esta é declarada e assumida pelos governantes e por muitos economistas como se de uma fatalidade se tratasse. Ao mesmo tempo, propaga-se a ideia (ideologia) da inviabilidade de alternativas, a par da fragilização, no caso Europeu, do seu Modelo Social assente na redistribuição económica alegando a sua insustentabilidade a médio e longo prazo e a sua subalternização à Europa da Concorrência.

Acentua-se a responsabilidade individual e a desresponsabilização do Estado face aos grupos sociais mais vulneráveis, reduzindo as oportunidades para se realizarem enquanto cidadãos, beneficiando os mais poderosos em prejuízo dos mais desfavorecidos.

O ataque ideológico ao Modelo Social Europeu é um ataque ao mundo, dado que aquele é o modelo-padrão a partir do qual se constroem as aspirações dos cidadãos das nações emergentes e as novas formas de organização social que urge construir nesses países para redistribuir a crescente riqueza de que poucos usufruem.

As suas consequências são o paulatino desmantelamento das protecções sociais que (ainda) limitam os danos da pobreza e da exclusão social pondo em causa o contrato social que fundamenta a democracia. Às grandes desigualdades de distribuição de rendimento existentes nos países emergentes, perpetuadoras de inúmeras vidas imersas na mais profunda pobreza, juntam-se as novas situações, nos países mais ricos, onde o nível de riqueza cresce ao mesmo tempo que o número de pobres.

É em períodos de crise que se constroem alternativas de futuro. Todos os que se sentem interpelados, descontentes e explorados não podem ser mobilizados pelo “medo” para soluções autoritárias. E corre-se esse perigo. Por isso, é este o momento certo para que os cientistas sociais, que se ocupam de analisar, de procurar compreender e de sistematizar conhecimento sobre as sociedades, as suas dinâmicas, as suas forças e também os seus efeitos perversos, se empenhem na construção do aprofundamento da democracia. Em conjunto com todos aqueles que estão dispostos a trabalhar por um Mundo Melhor. Com todos aqueles que sabem que a democracia se inventa e se reconstrói. Outros paradigmas são possíveis, mas exigem o compromisso de todos nós, para que se diminua a distância entre governantes e governados, denunciada há tantos anos por Bourdieu; para que seja possível, à semelhança do preconizado por Edgar Morin, resistirmos a uma ideologia dominante que tudo varre à sua frente e que apresenta como evidente e normal o que mais não é que a exploração e a desigualdade, que recusamos; para que seja possível compreender à semelhança de Cynthia Fleury, que a democracia tem que conter a crítica de si própria, de modo a que se reinventem as regras que nos governam, impedindo a “entropia” das democracias. Torna-se, por isso, fundamental a intervenção no espaço público, nomeadamente através da construção de um Manifesto capaz de interrogar o capitalismo desenfreado em que vivemos (e particularmente a submissão às exigências dos mercados financeiros internacionais) que sacrifica parte significativa dos seres humanos em nome do lucro exacerbado de alguns, encaminhando-os para a perda gradual dos Direitos e da Dignidade Humanos. Trata-se de um Manifesto capaz de questionar o tipo de sociedade que está a construir-se com este modelo económico e apontar para a construção de uma sociedade em que o modelo económico não faça refém a maior parte da humanidade, destruindo-lhe nomeadamente a capacidade de indignação através do aumento da insegurança e precariedade associadas ao mercado de trabalho. O papel dos e das cientistas sociais é também desconstruir as “evidências do mercado”, bem como outras ideologias tão eficazes, nomeadamente no que diz respeito à veiculação de que não existe alternativa para a actual ordem económica e social mundial.

Afirmamos, pelo contrário, que uma nova ordem económica mundial é possível: uma ordem que restitua aos seres humanos o Direito à indignação, o Direito ao trabalho, o Direito a expectativas positivas e oportunidades de vida, o Direito à Dignidade.

Propomos, por isso, a adopção mundial de medidas tendentes a diminuir o impacto social da actual crise mundial que, se consideradas pelas elites governantes mundiais, contribuirão para o incremento das economias nacionais, para restituir ao ser humano a confiança no futuro e para o aprofundamento do sistema democrático.

Uma democracia saudável é uma democracia mais deliberativa e comunicativa, em que as políticas de “redistribuição”, de “reconhecimento” e de “participação” se articulam em prol de uma justiça mais respeitadora dos direitos humanos, mais cooperativa, sem áreas marginais, tendo em vista transformar este nosso mundo numa comunidade de comunidades.

A sobreexposição da opinião pública aos economistas do regime e sua cartilha de pensamento único desvitaliza e despolitiza o espaço público, difundindo a ideia que Margaret Thatcher apregoou quando subiu ao poder e que constitui o nó górdio de todo um programa: "não há alternativa". Nos dias que correm, esta questão surge com particular intensidade no respeitante à dívida soberana. A prenoção da intocabilidade da dívida afoga todas as tentativas de a discutir enquanto instrumento privilegiado de transferência dos rendimentos do salário para o capital. Na verdade, o reescalonamento e a reestruturação da dívida deveria permitir aos países não pagarem juros extorsionários. De igual modo, afigura-se fundamental impor uma justa redistribuição dos sacrifícios, obrigando a banca (uma das principais causadoras e beneficiárias da actual crise) a pagar imposto de acordo com os lucros obtidos, a par da taxação das grandes fortunas, das mais-valias bolsistas e urbanísticas, das transferências para offshores. Finalmente, julgamos essencial que qualquer política macroeconómica calcule, de antemão, o número de pobres que vai produzir, para que se perceba e evite os danos sociais e morais da sua implementação.
A construção de um Movimento Social Internacional

Apela-se a todos os Cidadãos e Cidadãs do Mundo para aderirem a este Manifesto, em ordem a construir um Movimento Social Mundial capaz de enfrentar o actual capitalismo desenfreado que se quer fazer “senhor do mundo” e reféns as pessoas que o habitam. PELA REGULAÇÃO DEMOCRÁTICA E SOLIDÁRIA DO CAPITALISMO. PELA HUMANIDADE COM DIGNIDADE.

Almerindo Afonso (Sociólogo da educação, Instituto de Educação, Universidade do Minho), Ana Benavente (Socióloga da educação, ICS-ULHT, Lisboa), Ana Diogo (Socióloga Universidade dos Açores). Afrânio Mendes Catâni (Sociólogo, Universidade de São Paulo, Brasil) Álvaro Borralho (Sociólogo, Universidade dos Açores), Alexandra Castro (Socióloga, CET/ISCTE), Alberto Melo (Associação in Loco e Universidade do Algarve), António Teodoro (Professor, investigador em educação, Universidade Lusófona), Andrea Spini (Sociólogo, Universidade de Florença, Itália) Bernard Lahire (Sociólogo, École Normale Supérieure Lettres et Sciences Humaines, Universidade de Lyon 2, França), Boaventura de Sousa Santos (Sociólogo, Director do CES, Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra), Carlo Catarsi (Sociólogo, Universidade de Florença, Itália) Carlos Estêvão (Sociólogo da Educação, Instituto de Educação, Universidade do Minho), Casimiro Balsa (Sociólogo, Universidade Nova de Lisboa), Claire Auzias (Historiadora, França) Conceição Nogueira (Psicóloga Social, Escola de Psicologia, Universidade do Minho) Fátima Pereira Alves (Socióloga, Universidade Aberta), Fernando Diogo (Sociólogo, Universidade dos Açores), Filipe Carmo (Historiador), Gilberta Rocha (Socióloga, Universidade dos Açores), Giovanna Campani (Antropóloga, Universidade de Florença, Itália), Isabel Guerra (Socióloga, DINAMIA/CET, IUL/ISCTE), João Teixeira Lopes (Sociólogo, Faculdade de Letras, Universidade do Porto), Luísa Ferreira da Silva (Socióloga, ISCSP - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Universidade Técnica de Lisboa), Manuel Carlos Silva (Sociólogo, Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho), Maria Alice Nogueira (Socióloga, Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil) Maria José Casa-Nova (Socióloga da educação, Instituto de Educação, Universidade do Minho), Maria Helena Cabeçadas (Antropóloga), Manuel Matos (Professor aposentado da FPCE, Universidade do Porto), Manuel Sarmento (Sociólogo, Instituto de Educação, Universidade do Minho), Margaret Gibson (Professor Emérita of Education and Anthropology, University of California, Santa Cruz, USA), Maurizio Matteuzzi (Filósofo, Universidade de Bologna, Itália), Michael Young (Sociólogo, da educação, institute of Education, London) Michel Messu (Sociólogo, Universidade de Nantes, França), Nancy Fraser (Henry A. & Louise Loeb Professor of Philosophy and Politics, New School for Social Research, New York, USA), Nathalie Burnay (Socióloga, Universidade de Namur, Bélgica), Paulo Pereira de Almeida (sociólogo, ISCTE, Lisboa), Pedro Silva (Sociólogo da educação, Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, Instituto Politécnico de Leiria), Roger Dale (Sociólogo, Universidade de Bristol, Inglaterra), Rui Brito Fonseca (Sociólogo, CIES/ISCTE-IUL) Universidade de Lisboa), Rui Canário (Sociólogo da educação, Instituto de Educação, Universidade de Lisboa) Rui Santiago (Professor da Universidade de Aveiro), Saniye Dedeoglu (Centre For Research in Ethnic Relations, School of Health and Social Studies, University of Warwick, Inglaterra), Sílvia Carrasco Pons (Antropóloga, Universidade Autónoma de Barcelona, Espanha), Sofia Marques da Silva (Socióloga da Educação, FPCE, Universidade do Porto) Tiziana Chiappelli (Educadora, Universidade de Florença, Itália), Tiago Neves (Sociólogo, FPCE, Universidade do Porto) David Smith (Sociólogo, Canterbury University, Kent, United Kingdom), Vitor Matias Ferreira (Sociólogo, Prof. Emérito do ISCTE) Xavier Bonal (Sociólogo, Universidade Autónoma de Barcelona, Espanha), Xavier Rambla (Professor de Sociologia, Universidade Autónoma de Barcelona, Espanha).