quinta-feira, fevereiro 11, 2010

A Censura está de volta? ao "país de Sócrates"?!

Boa noite.
Para quem viveu os anos da ditadura, eu vivi 21 anos, alguns tiques desses tempos localizavam-se no amordaçar das bocas dos portugueses, das perseguições dos pides, ou da dificuldade em lidarmos com o clima de suspeição sobre tudo o que se movia á nossa volta.
Era difícil podermos estar sossegado numa conversa amena sem sabermos se alguém nos espiava, ou mesmo se existia algum "amigo infiltrado" ....., pois por isso era necessário estar atento ao tipo de conversas que se faziam nas ruas, nos clubes, nos cafés, e por ai adiante ....
Bom chegou o 25 de Abril de 1974 e upa! que lá vamos nós a libertar a língua que já se fazia tarde ..., e tinha acabado além da ida para a guerra, a possibilidade de virmos a ser presos pela pide por estarmos a criticar os Fascistas que nos governavam, mas acima de tudo podíamos então ler os inúmeros livros que até então nos eram vedados.
Bem mas isto foi antes de 1974 .....
Pois nesse mesmo dia foi interposta uma providência cautelar para impedir a saída no Jornal Sol de uma notícia sobre a Face Oculta, visava assim que uma notícia sobre as escutas fosse abafado.
E quem foi a personagem que interpôs este recurso, foi? segundo a revista Visão.:
Quem é o homem que quer impedir a publicação do jornal "SOL"?
Adianto que é ou foi, ainda deve ser, um militante do PS, muito próximo do "nosso Primeiro", José Sócrates, segundo a revista atrás citada.
Bom quem quiser leiam a noticia que vos deixo.
O que me leva a crer que a promiscuidade entre a política e os grandes senhores do sector privado são cada vez mais relevantes e descaradas.
Esta é mais uma tentativa de levar a que a liberdade de expressão seja travada por uma providência cautelar como um precedente preocupante, tal como falou o deputado comunista António Filipe .
Fiquem bem.

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Socrates e a comunicação social (versus Jornalistas)

Boa noite.
Á cerca de duas semanas fomos confrontados com uma notícia de peso, não o peso da notícia mas, o peso que o "nosso Primeiro", José Sócrates, tem neste meio de informação onde ao que nos sugere parecer consegue afastar jornalistas, comentadores, directores de jornais, e o que não surge nas notícias, isto é, o segredo dos donos dos meios de comunicação.
Mas ....., o que surge neste momento é o reconhecimento de que o "nosso Primeiro", José Sócrates, não sabe, isso já sabíamos, olha a novidade, com as criticas e está a perder completamente as estribeiras, sim estribeiras.
Mas que se pode esperar de um político que dirige este país da Europa comunitária que mais parece um "pais das bananas", e que a dada altura na revista Visão alguns eminentes estudiosos da psicologia o consideraram um potencial Ditador se Portugal estivesse na América Latina no tempo dos "coronéis".
Bom vamos ao que interessa, antes que leve com um processo crime por difamação, segundo os órgão "desalinhados" do "nosso Primeiro", José Sócrates, daqueles onde ainda não colocou os "amigos", surgiu a notícia de que num dado restaurante ele almoçava com pessoal da comunicação social, e dirigindo-se ao director da SIC vociferou contra o jornalista Mário Crespo.
Mas o melhor é lerem os excertos das notícias:
Mário Crespo, jornalista da SIC, denuncia uma alegada conversa que terá decorrido num restaurante em Lisboa entre José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e um executivo de televisão que não identifica, em que ele, Mário Crespo, é alvo de várias críticas e referenciado como "mais um problema que tem que ser solucionado". O "pivot" da estação de Carnaxide deixa de escrever opinião no "Jornal de Notícias" depois de, ontem à noite, lhe ter sido negada a publicação de um texto onde relatava o sucedido.
Mais adiante revela um pouco do teor da conversa que foi ouvida por uma pessoa estranha a este ambiente todo:
A alegada conversa entre o primeiro-ministro, o ministro de Estado, o ministro dos Assuntos Parlamentares e o executivo de televisão terá decorrido no dia da discussão do Orçamento do Estado, na passada terça-feira, em que Crespo diz ter sido "publicamente referenciado como sendo mentalmente débil ("um louco") a necessitar de ("ir para o manicómio")". "Fui descrito como 'um profissional impreparado'", escreve o jornalista da SIC no artigo que foi publicado no site do Instituto Francisco Sá Carneiro, uma instituição de debate e reflexão política ligada ao PSD.
Mas ..., o mais estranho foi o facto de a cronica a ser publicada no Jornal de Notícias do Porto, e que versava esta denúncia ter sido "CENSURADA" com base em informações não credíveis, vejam:
No final do artigo é acrescentada a seguinte nota: "Artigo originalmente redigido para ser publicado hoje na imprensa". Mário Crespo escreve habitualmente às segundas-feiras no "Jornal de Notícias", mas o artigo de hoje não foi publicado.
Segundo Mário Crespo, "a conversa, claramente ouvida nas mesas em redor", chegou-lhe através de várias fontes. "Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre", escreve o jornalista.

Mas ...., estejam atentos porque o que este "nosso Primeiro" desejava era implantar a "CENSURA" de novo, isto é, a "LEI DA ROLHA", os"BUFOS", e tudo o que no tempo da outra "senhora" existia para nos calar a boca.
Mas, felizmente os "HOMENS DE CORAGEM" continuam a existir e a "LIBERDADE DE OPINIÃO" veio para ficar.
Senão vejam como a Revista Visão pública a notícia

e como a comentarista e jornalista Áurea Sampaio se debruça sobre o assunto onde intitula o assunto como UM PROBLEMA DE LIBERDADE.
O episódio José Sócrates/Mário Crespo em que o primeiro-ministro aproveitou um contacto fortuito com o director de programas da SIC para atacar violentamente o jornalista revela duas coisas: primeira, um certo baixar de nível, no comportamento que deve ser exigido aos homens de Estado; segunda, e esta é mais grave na medida em que joga com a liberdade, a existência de um padrão, na forma como o chefe do Governo se relaciona com a comunicação social. Sócrates encara os media e/ou os jornalistas mais críticos como adversários políticos, logo, como alvos a abater. E não distingue os planos de actuação das partes, além de ignorar, olimpicamente, o papel dos media na dialéctica democrática.

Talvez seja por estes e por outros temas pouco dignificantes que têm decorrido centradas na nossa classe política do centro e da direita que a imagem de Portugal está tão distorcida, que leva eminencias não menos "pardas" a formular palpites sobre a gestão interna do País.
Fiquem bem.