sexta-feira, junho 05, 2009

Maria José Carrascosa

Olá, cá volto eu para vos trazer mais uma injustiça no "país do Tio Sam", ela ronda as margens do fascismo, no país que todos consideram como a mais antiga e democrática democracia do Mundo, eu sou bastante séptico quanto a estes dois adjectivos.
Um país onde imperou durando metade do século XX o racismo, onde imperaram os movimentos racistas e fascistas, onde existiu partidos de esquerda proibidos, onde o anticomunismo foi ferozmente aplicado, onde as liberdades fundamentais foram durante anos postas só no papel, onde os policias inventaram provas, onde as ingerências em países estrangeiros foram mais que muitas, peninsula da Coreia e Indochina, Vietname é o mais flagrante que culminou com a derrota dos EUA, mais recentemente o Iraque, armaram os povos afegãos contra a URSS, tendo mais tarde de intervir contra os mesmo que haviam armado, estaríamos aqui a enunciar muitas e muitas outras ingerências que nos levam a ter muitas dúvidas quanto a essa democracia.
Bem não foi para falar da ingerências dos EUA que me levou a escrever estas linhas, mas sim levar até vós as injustiças de um aparelho judicial que ao que parece não é o mesmo do resto do Mundo democrático, passa-se no Tribunal Federal de Nova Jérsia, nos Estados Unidos, onde está ser julgada a espanhola Maria]osé Carrascosa que está presa há mais de dois anos por se recusar a entregar a filha ao ex-marido americano.
Tudo poderia parecer legitimo se não fossem as incongruências demonstradas pelo juiz Venezia , um democrata .... ao que parece a democracia dele não é a mesma que perfilhamos, já que não reconhece as recomendações da Conferencia de Haia de Direito Internacional.
"Depois de três habeas corpus recusados, depois de recursos que chegaram ao Supremo Tribunal dos EUA, depois de sucessivos acordos falhados com o ex-marido para a entrega da da guarda da filha, e apesar da recomendação da Conferencia de Haia de Direito Internacional, dando razão à espanhola, o juiz Venezia não se deixou impressionar. Uma vez mais, determinou que a espanhola ou entrega imediatamente a filha à guarda do pai ou será julgada por interferência na custódia de menor e desacato à autoridade. Maria José repetiu o que sempre disse. A filha está em Espanha, com os avós maternos, e não regressará aos Estados Unidos." (Visão n.º848)
E porque não regressará aos EUA, pergunta-se?
Eis a resposta.
"«Está pior que um prisioneiro de Guantánamo. E que mal fez?», pergunta a mãe de Maria José Carrascosa no livro Amor Cruel, da jornalista Reyes Monforte, que será editado em Portugal, pela Planeta, na próxima semana. O «mal» de Maria José foi ter-se apaixonado pelo homem errado. Em 1998, advogada de sucesso em Nova Iorque, aceitou o desafio de uma amiga e conheceu o norte-americano Peeter Innes através de um site de encontros amorosos. Três meses depois, casaram, na igreja de Burrol, na região espanhola de Valência.
O casal fixou residência em Nova Jérsia e, em Abril de 2000, nasceu a sua filha - que tem dupla nacionalidade. A relação degradou-se a partir desse momento:
Maria José queixa-se de maus-tratos e as autoridades americanas possuem registos de várias ocorrências violentas na vida do casal. A advogada suportou o calvário até 2004, altura em que ficou gravemente doente. Tinha tumores no pâncreas. Retiram-lhe o baço e a tiróide. Foi dada como estéril. Os médicos explicaram-lhe que estava a ser vítima de «envenenamento lento com pesticidas». A advogada acredita que o marido lhe colocava veneno na comida e processou-o por «tentativa de homicídio». Depois de algumas investigações, descobriu que Peter, afinal, não existia. Era apenas mais uma das várias identidades falsas daquele homem, cadastrado sob nomes tão diversos como Lewis Negro, Frederick Smith ou William Peter.
A advogada regressou a Espanha com a filha e solicitou a anulação do casamento junto do tribunal eclesiástico espanhol, apresentando a documentação que provava a utilização de identidade falsa. Em Julho de 2005, o Tribunal de Valência concedeu-lhe a guarda de Victoria. Mas Peter Innes não aceitou a decisão e moveu-lhe um processo nos Estados Unidos, acusando-a de ter sequestrado a criança. "
(Visão n.º848)
Ora alguns estados dos EUA não reconhecem a Convenção de Haia, e este é a mais antiga e democrática democracia do Mundo, é difícil acreditar em tal democracia.
"«Ela está cada mais débil, não é bem medicada e não sei quanto tempo mais aguentará», conta à VISÃO a irmã Victoria, que mudou toda a sua vida para tentar resgatar a irmã deste pesadelo. Multiplica-se em viagens aos Estados Unidos e chegou a ir a Budapeste, na esperança de entregar uma carta ao Presidente George W. Bush. Mas o mais perto que chegou foi dos guarda-costas. «Barack Obama já está a par da situação mas, apesar de os EUA terem assinado a Convenção de Haia, o Estado de Nova Jérsia entende que as suas leis é que valem e não acata a recomendação internacional», lamenta." (Visão n.º848)
Se ser isto é a mais antiga e democrática democracia do Mundo, eu decido que prefiro viver no "país de Sócrates", mesmo que por cá a democracia tem sido maltratada.
Transcrevo ainda a mensagem que Maria José Carrascosa escreveu com o papel que lhe foi facultado, o mínimo possível, por esta democracia podre, onde a esperança da reviravolta que se esperava com a eleição de Barack Obama se vai desvanecendo com o tempo, enfim todos estamos á espera de que tudo volte ao mesmo.
Eis o que ele escreveu:
"«Que o meu sofrimento sirva para que isto nunca mais aconteça a nenhuma mulher nem aos seus filhos. E que o meu caso leve a que sejam obtidas novas convenções de cooperação judicial entre diferentes Estados.»" (Visão n.º848)
Esperemos que este seja mais um processo onde a opinião mundial terá uma palavra forte para um bom fim.
Fiquem bem

quinta-feira, junho 04, 2009

Adopção, mais um caso polémico ....

Hoje trago-vos mais um sentimento de incompreensão por um dos temas que está por ai nos órgãos de informação, a adopção de um menino de nome Martim Leonardo, de dois anos, filho de uma adolescente de 16 anos.
Até aqui nada de estranho neste país e mundo, onde a educação sexual ainda tem os mesmos preconceitos do tempo do Estado Novo, também que admiração, que diferença tem o Estado de Sócrates comparado com aquele tempo, unicamente a nossa liberdade de estarmos para aqui a escrever textos, a liberdade de escrever e pensar, algo que Abril nos deu, que serão lidos por uma minoria de "pseudo-intelectuais", segundo o "nosso Primeiro", José Sócrates e a sua pandilha.
Pois continuando ...., com tantos casos de adopção e criminais para resolver o tribunal de Cascais em pouco mais de 6 meses despachou para adopção este menino sem com isso ter em conta a disponibilidade das famílias materna e paterna do menino poder decidir a sua custódia.
Todos sabemos os rios de dinheiro, que infelizmente, correm por este pais fora para se ultrapassar as filas de espera nas adopções, bem sei que isto não se pode provar.
Vejamos o que dizem alguns órgãos de informação.
Tribunal
Mãe adolescente reclama bebé dado para adopção
por JOSÉ MANUEL OLIVEIRA02 Junho 2009 (DN)
Ana Leonardo, de 16 anos, faz hoje uma manifestação à porta do refúgio Aboim Ascensão, em Faro, onde está o filho de dois anos e meio. Ela não aceita a decisão do tribunal que deu o filho Martim para adopção.
Ana Leonardo, de 16 anos, não se conforma com a decisão do Tribunal de Família e Menores de Cascais que determinou que o seu filho de dois anos e meio seja urgentemente dado para adopção. Para manifestar a sua indignação, Ana promove hoje uma manifestação à porta do refúgio Aboim Ascensão, em Faro onde a criança está a viver.

Mãe que deu filho para adopção quer reavê-lo
Rapariga de 15 anos pretende evitar que seja entregue a outra família
Por: /FC 02-06-2009 15: 30 (TVI)
Uma criança que foi acolhida pelo refúgio Aboim Ascenção, no Algarve, está a ser reclamada pela família biológica. A mãe quer a anulação das decisões dos tribunais, que lhe retiraram a menor após o parto, quando tinha 13 anos.
Agora, com 15 anos, assegura ter condições para receber o Martim. «Já fiquei mais madura, com mais noção do que estou a fazer. A casa já tem condições e estou a tirar um curso profissional. Já falta menos de um ano para o estágio. O Martim tem uma família muito grande à espera dele», frisou Ana Rita Leonardo aos jornalistas, durante um protesto que se realizou à porta do refúgio.

Bem, agora, aparece por aqui um Senhor,Luís Villas Boas , que cuida de criançinhas numa instituição lá para os Algarves, "Refúgio Aboim Ascensão", o mesmo que tempos passados andou por ai a defender com a Dra. Maria Barroso um tal sargento de Santarém, Luís Gomes, que havia adoptado uma menina, Caso Esmeralda: Tribunal dá poder paternal ao pai biológico, ali dos lados da Sertã, pelos vistos o tal senhor continua a defender adopções de casos polémico.

Mas vamos continuar a analisar o que vem em mais um órgão de comunicação social.
Publicação: 29-05-2009 15:31 Última actualização: 29-05-2009 23:19
Título
Mais um caso polémico de adopção
Ana tinha 13 anos quando foi mãe. A Segurança Social retirou-lhe a criança. A família diz agora que tem condições para cuidar dela, mas o Tribunal de Cascais já entregou o menino para adopção.(SIC)
Ana Rita vai fazer agora 16 anos. A vida fez dela uma mulher antes de tempo. Aos 13 anos engravidou e teve o Martim. Nasceu prematuro mas Ana, apesar de ainda criança, fez tudo para cuidar dele. A mãe de Ana teve uma depressão e a Segurança Social decidiu enviar o bebé para uma instituição.
Ana não se esquece do momento em que lhe tiraram o Martim dos braços.
Compreendeu que o Martim precisava de cuidados especiais, mas sempre esperou que pudesse a continuar a vê-lo como mãe. A Segurança Social prometeu-lhe dinheiro para fazer a viagem de 15 em 15 dias mas em três anos só recebeu um bilhete de ida e volta.
Aos 6 meses, o processo decorre no tribunal de Cascais para entregar o Martim para adopção. A advogada pede para o pai ser ouvido. O juiz não aceita e ainda não foi ouvido até agora. A família de Ana Rita perdeu e recorreram para a Relação. Perderam e recorreram para o Constitucional. Perderam novamente. O Tribunal de Cascais deu ordem para que a criança ser adoptada.

Bom isto está mesmo a pedir que o tal ministro, um tal Alberto Costa, que deu um empurrão na alteração da lei para que grande maioria dos criminosos ande para ai em liberdade condicional ou com "pulseiras" , que acabou quase com a prisão preventiva, e muitas outras coisas que tornaram este "país de Sócrates" no "paraíso dos criminosos", venha sugerir que estes senhores que tomam conta de criancinhas decidam a aquém der mais possam adoptar os meninos que não tem culpa nenhuma de terem nascido neste país governado por uma seita de neo-liberais que não têm feito outra coisa senão torna-lo num país de criminosos e corruptos e de senhores que vivem á grande á sombra das boas reformas que alcançam através da politica.

Corramos com esta escumalha.

Fiquem bem